Iniciativas do Parque Tecnológico Metrópole Digital (Metrópole Parque) e suas contribuições para o desenvolvimento do ecossistema de inovação e empreendedorismo potiguar pautaram as discussões da Câmara Municipal de Natal na manhã da última quinta-feira (16).

Uma audiência pública para discutir o assunto reuniu autoridades, empreendedores e representantes do setor produtivo do RN. Na ocasião, foram destacadas ações que o Parque e o Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN) têm desenvolvido para fortalecer a economia de Natal e do estado, o que pode ser exemplificado pelo fato das empresas do Metrópole Parque manterem atualmente 2,6 mil empregos diretos e altamente qualificados.

Para dar início ao evento, foi apresentado um vídeo institucional do IMD. Em seguida, o diretor do Metrópole Parque, Rodrigo Romão, tomou a palavra e aproveitou a oportunidade tanto para comentar sobre o que o polo de TI ainda tem a alcançar como para destacar ações realizadas ao longo dos últimos seis anos.

“Hoje temos a missão de firmar conexões que promovam conhecimento e inovação. Não é uma tarefa fácil, mas enxergamos tanto o que ainda nos falta fazer como aquilo que já temos feito. E, considerando o que conquistamos nesse tempo, nos mantemos confiantes de que é possível fazermos mais e atingirmos plenamente nosso objetivo”, comentou Romão.

Dentre as ações realizadas pelo Metrópole Parque e que fazem do polo de TI um “case de sucesso”, conforme avalia a parlamentar Nina Souza – que presidiu a audiência –, o diretor deu destaque à geração de empregos qualificados pelas empresas associadas e ressaltou o faturamento atingido por esses negócios, que já atingiu a marca de R$ 200 milhões.

O debate também contou com a discussão da campanha do IMD para conquistar, junto à bancada federal do RN, recursos para sua ampliação física. Sobre isso, o Instituto vem pleiteando aporte financeiro a ser destinado para o custeio de obras que dupliquem a estrutura física do Instituto nos próximos anos e, com isso, garanta a condução de mais projetos, parcerias e recebimento de empresas de TI no ecossistema local.

A pauta também foi endossada pelos convidados e membros da mesa Zeca Melo, superintendente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/RN), e Susie Macedo, gestora do Núcleo de Apoio à Inovação (Nagi) da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern).

Na audiência, ambos aproveitaram para ressaltar ações que, ao longo dos anos, vêm desenvolvendo e até revolucionando a percepção de Natal enquanto centro de desenvolvimento tecnológico.

“Acreditamos que iniciativas como o Metrópole Parque têm o potencial de ser o ponto de virada do estado. Falamos de um número de empregos bastante relevante e, quando tratamos de tecnologia, temos uma atividade capaz de aprimorar inclusive atividades econômicas já bem consolidadas por aqui, como o turismo”, destaca Zeca Melo.

O professor Frederico Lopes, convidado para representar o IMD durante a audiência, também contribuiu com o debate. Na ocasião, o docente lembrou de outras iniciativas que vêm promovendo avanços, como o fato do Parque ter contribuído para o Instituto Metrópole Digital (IMD) alcançar o status de Unidade da Empresa Brasileira Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), o que, inclusive, já garantiu a atração de projetos orçados em R$ 2,5 milhões.

O docente ainda destacou projetos tecnológicos inovadores, como o Smart Metrópolis (programa na área de Cidades Inteligentes) e a seleção do Metrópole Parque em edital da Finep, cujo resultado garantiu ao polo o recebimento de R$ 13,5 milhões para aperfeiçoamento de seus serviços oferecidos às startups.

Empresas

Falar sobre as ações do Metrópole Parque é falar sobre benefícios para quem empreende. Pensando nisso, também foram convidados para participar da audiência pública as startups WayABA e beAnalytic, representadas pelos seus respectivos CEO’s, Assis Barbosa e Cláudio Lima.

O primeiro dos empresários a tomar a palavra foi Assis Barbosa. Em sua apresentação, o empreendedor mostrou como desde sua graduação – o Bacharelado Tecnologia da Informação (BTI) – o IMD tem auxiliado sua trajetória enquanto empresário.

“Empreender no Brasil não é uma tarefa fácil, mas, felizmente, existem iniciativas que tornam nossa vida um pouco mais simples, a ponto de viabilizar projetos. E estar dentro do IMD e ter acesso a essas pessoas é ter acesso a tudo isso”, comenta Barbosa.

A WayABA é detentora de uma tecnologia que auxilia profissionais e instituições na aplicação de Applied Behavior Analysis (ABA), abordagem terapêutica voltada a pessoas com o espectro autista. Hoje, a startup está presente em 23 estados do Brasil e é utilizada junto a mais de 3 mil pacientes.

Em seguida, foi a vez de Cláudio Lima, CEO da beAnalytic, fazer sua contribuição com o debate. Com apenas 26 anos de idade, o empreendedor aproveitou a oportunidade para contar sua trajetória de empreendedorismo, a qual, assim como no caso da WayABA, foi marcada pela atuação do IMD – visto que o projeto beAnalytic nasceu no âmbito do Instituto.

Especializada em serviços de Business Intelligence (BI), aprendizado de máquina, Big Data, entre outros, a beAnalytic já mantém contratos com marcas de renome nacional e internacional, como é o caso da MAPFRE, uma das maiores seguradoras do mundo.

A audiência pública pode ser assistida na íntegra por meio do registro da transmissão ao vivo no YouTube.