Investir em parques tecnológicos é investir em sustentabilidade e geração de emprego e renda. É isso o que defende a nova presidente eleita da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), professora Adriana Faria, que nesta semana participa do 14º Congresso Brasileiro de Inovação e Gestão do Desenvolvimento de Produto (CBGDP), no Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN).

A avaliação da presidente está associada ao investimento crescente em parques tecnológicos no Brasil e no mundo – somente em território nacional, já são 59 entidades desse tipo. Em Natal, o Parque Tecnológico Metrópole Digital (Metrópole Parque) é o ecossistema de inovação que mais representa essa realidade, com 112 negócios de Tecnologia da Informação (TI) credenciados e mais de 2,6 mil empregos gerados.

Sobre esse assunto, Adriana Faria, que é docente da Universidade Federal de Viçosa (UFV), entrou em mais detalhes durante mesa redonda no 14º CBGDP – momento em que, junto a membros de instituições de inovação e docentes de outras universidades brasileiras, abordou a importância e o atual quadro de fomento e coordenação desses ecossistemas.

Segundo a professora, parques tecnológicos são estratégicos e contribuem para ciência, inovação tecnológica e desenvolvimento de empresas mesmo quando em fases iniciais.

“Isso porque esses empreendimentos promovem conexão de empresas com instituições como universidades, abrindo espaço para projetos inovadores, oportunidades de estágio e pós e soluções importantes para o mercado”, comenta Faria.

Exemplo dessa expressividade é o reconhecimento do Metrópole Parque como importante contribuidor para o ecossistema de inovação da grande Natal, que foi premiado, em segundo lugar, no concurso nacional realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com o Sebrae, em 2022.

Congresso

Iniciado às 9h desta quarta-feira (22), no auditório da sede do IMD, o Congresso reúne empreendedores, pesquisadores e representantes do setor de inovação e empreendedorismo de diferentes localidades do país. Para abrir a programação, o encontro contou com breves apresentações e boas-vindas de Luís Fernando Magnanini, subcoordenador do CBGDP, e do gerente de TI da Dois A Engenharia, Wisley Moura.

A abertura também contou com as falas do diretor do IMD, professor Ivonildo Rêgo, e também de Rodrigo Romão. Ambos aproveitaram para apresentar iniciativas desenvolvidas pelo Instituto e pelo Metrópole Parque para o fortalecimento do ecossistema local – com destaque para programas de credenciamento, incubação de empresas e também para formação acadêmica.

“Hoje, as oportunidades de trabalho na área de TI são diversas e, apesar de ser comum que, nessa área, as pessoas optem pelo trabalho em empresas ou até no exterior, temos um bom número de profissionais que escolhem empreender. Hoje, o número de startups que nascem em nosso ecossistema é bastante interessante”, comenta Romão.

A apresentação do IMD e do seu Metrópole Parque serviram de prelúdio para uma imersão dos participantes no contexto de empreendedorismo promovido pelo Instituto. Isso porque, logo após a abertura do encontro, os participantes puderam conhecer três startups cujos negócios são desenvolvidos dentro do polo de TI: a Inovall, HUBBI e WayABA – todas com atuação e destaque nacional, vencedoras, inclusive, de editais de fomento à inovação.

No primeiro dia, a programação do evento ainda contou com exposição de trabalhos científicos, além de debates sobre gestão da inovação, design e desenvolvimento de produtos e serviços, minicurso sobre como criar valor e mapear perspectivas de stakeholders, entre outros.

Até a sexta-feira (24), o Congresso promove momentos expositivos e de debates sobre diferentes temáticas, como ESG e Economia Circular, ecossistemas de inovação e transformação digital.

Todas as informações sobre o encontro podem ser acessadas no site.