Achou estranho esse paralelo? Então te convido a vir comigo – como se estivéssemos na caverna da série Dark – numa viagem até o ano de 1879. Aliás, (abre parênteses) se você não faz a menor ideia do que eu esteja falando, é bem provável que seus clientes atuais ou potenciais estejam consumindo essa série. É bom ficar ligado(a) nas tendências! (fecha parênteses)
Nessa viagem você e eu desembarcaremos no laboratório do cientista Louis Pasteur, no ano de 1879. Ele estava trabalhando numa pesquisa sobre cólera aviária e, para tanto, precisava cultivar amostras da bactéria causadora da doença. A história diz que, acidentalmente (olha aí o gatilho!), um assistente de Pasteur deixou uma dessas culturas esquecida durante suas férias.
Passado o tempo, Pasteur injetava essa cultura “esquecida” em aves sadias e observa que nada acontecia a elas. Veio a suspeita de que as bactérias estariam “estragadas” em decorrência do tempo e, para resolver, o cientista decidiu pegar uma amostra novinha em folha e aplicar nas mesmas aves.
Qual foi o resultado obtido: mesmo com as bactérias novas, as aves não ficaram doentes. Ou seja, elas ficaram imunizadas por aquela dose de bactérias fracas. E foi assim que surgiu a vacina de patógeno enfraquecido.
O que isso tem a ver com o empreendedorismo?
Bom, poderíamos dizer que essa descoberta de Pasteur foi o primeiro MVP (o famoso Mínimo Produto Viável) deste tipo de vacina. Mas há algo bem mais legal nessa história!
O mais interessante é que se trata de mais um exemplo daquelas inovações atribuídas “ao acaso”, pois foram motivadas por uma pergunta que acabou não tendo a menor relação com o produto gerado por ela. Quem aqui nunca ouviu falar sobre como surgiu o Post-it, que atire o primeiro canvas!
Encerrada essa nossa viagem, volte comigo agora a 2020 e pense: qual teria sido a pergunta (ou se preferir, o problema de pesquisa) que levou Louis Pasteur a chegar naquela improvável descoberta?