A cronologia histórica do homem propicia uma análise evolutiva das estruturas dominantes do poder no que tangem os aspectos econômicos e políticos. Na economia agrária rudimentar imperava quem detinha terras e mão-de-obra escrava. Com a Revolução Industrial o poder é transferido àqueles com o maquinário mais produtivo. Já nos tempos hodiernos (só para fugir do clichê “atualmente”, rsrs), em que pese a coexistência das potências latifundiárias e fabris, a rápida obsolescência dos bens tangíveis dá à informação o status de commodity polivalente que está presente nos estágios de entrada (insumo), processamento (atividade meio) e saída (atividade fim) de qualquer indivíduo ou organização.
A informação sempre esteve ou está presente em todas essas eras citadas, permitindo atribuir a ela características de mobilidade, de transmissibilidade e, certamente, com a interferência humana em toda a sua complexidade cognitiva.
Se a transferência de informação passa, como dito, por uma intervenção humana, há o que podemos chamar de “Comportamento Informacional”. O autor Armando Malheiro define esse comportamento como o modo de ser ou de reagir de uma pessoa ou de um grupo numa determinada situação e contexto, impelido por necessidades induzidas ou espontâneas, no que toca exclusivamente à produção/emissão, recepção, memorização/guarda, reprodução e difusão da informação.
Veja só que interessante: você pode ter comportamentos diferentes em cada estágio da informação. Proponho, a seguir, quatro questões que o(a) ajudarão a avaliar o seu comportamento informacional.
1) Como você se comporta no momento em que cria uma informação?
2) Qual a sua reação ao receber uma informação?
3) Que critérios você usa para decidir memorizar uma informação?
4) O que te induz a reproduzir ou difundir uma informação?
Essa autoanálise é fundamental para aprimorar o seu senso crítico e pode te gerar uma vantagem competitiva, pois estará apto(a) a avaliar como os seus pares se comportam informacionalmente.