Para marcar o lançamento do Plano de Internacionalização de seu Parque Tecnológico, o Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN) sediou, na manhã de hoje (2), a palestra “Growth Hacking: o atalho para sua startup decolar”, do empreendedor do Vale do Silício Tommaso Di Bartolo.

O Plano de Internacionalização visa tanto atrair empreendimentos estrangeiros para o ecossistema local de inovação como oferecer oportunidades para empresas credenciadas ao Parque Tecnológico Metrópole Digital de criar parcerias e se lançar no mercado global.

Segundo o professor Anderson Cruz, diretor do Parque, o evento é estratégico para o projeto de internacionalização. “A gente precisa começar demonstrando para as empresas que é importante acessar outros mercados e ter uma visão global. Para isso, alguém vir mostrar como funciona o crescimento de uma empresa lá no Vale do Silício é fundamental”, afirma ele.

Growth Hacking

Empresário radicado há 10 anos no polo tecnológico mais emblemático do mundo, e criador de quatro startups de sucesso, Tommaso Di Bartolo, no início de sua apresentação, abordou sua trajetória enquanto empreendedor e investidor. Logo após, a palestra seguiu com a apresentação do conceito de growth hacking.

Growth hacking nada mais é do que uma forma mais ágil de lançar produtos e serviços no mercado, fazendo uso de ferramentas para aumentar o engajamento e a curiosidade do público”, explica o empreendedor.

Segundo Tommaso Di Bartolo, a ideia se baseia em três pilares. O primeiro deles diz respeito à comunicação, item estratégico para explicar ao público qual o diferencial do produto ou serviço desenvolvido pela empresa. Para exemplificar essa parte, o palestrante expôs a estratégia de “gatilhos” de comunicação, como a apresentação do produto ou serviço por meio de uma conotação de exclusividade e escassez

Já o segundo pilar diz respeito à “recalibração do ponto de vista”. Nesse quesito, o empresário abordou uma série de estratégias que dizem respeito à inovação no oferecimento de produtos. Uma delas consiste no lançamento de produtos, tarefa que, segundo Bartolo, deve ser feita de modo planejado, com um público-alvo já estabelecido e engajado previamente.

O terceiro e último pilar consiste no uso de ferramentas digitais - como aplicativos, portais e sistemas - que auxiliam o growth hacking. Para este ponto, Bartolo apresentou uma série de soluções que automatizam o engajamento e aumentam o tráfego de usuários em páginas online.

Internacionalização

O Plano de Internacionalização do Parque Tecnológico foi apresentado, durante o evento, pelo seu diretor, Anderson Cruz, e pelo gerente responsável pela sua operacionalização, Marcelo Pelicano.

O projeto prevê três vertentes de ações. A primeira é de cunho institucional e se traduzirá na realização de missões no exterior, participação em eventos e no convite e recepção de empresas de fora que queiram conhecer o ecossistema de inovação local. Nesse caso, objetiva-se fazer a prospecção para trazer empresas estrangeiras para se instalarem no Parque.

Em um outro sentido, a meta é contribuir para abrir o mercado internacional para as empresas que já estão no Parque. Para isso, a ideia é fazer consultoria para as startups que se interessem pela ação. “Dentre outros objetivos, vamos tentar fazer com que a empresa se transforme em um negócio internacional”, explica Pelicano.

Ainda segundo ele, uma outra forma de contribuir para as empresas acessarem o mercado de fora é incentivar e dar condições aos representantes das startups de participarem de eventos no exterior e fazerem intercâmbios entre empresas, numa parceria internacional.

A terceira vertente de internacionalização, de acordo com Pelicano, é a cooperação entre parques tecnológicos. “Assim, podemos oferecer oportunidades para as empresas desses parques aqui, e eles oferecerem para nós em seus países”, explica o gerente.

Compromisso

O evento ainda contou com a abertura do professor Ivonildo Rêgo, diretor do IMD, que, na ocasião, agradeceu aos patrocinadores e participantes do evento e reafirmou o compromisso do Instituto com a Educação e com a missão de desenvolver um polo de empresas de TI no Estado, por meio do Parque Tecnológico e da incubadora de empresas Inova Metrópole.

Ainda em sua fase de abertura, o evento também contou com o gerente da Unidade de Inovação e Tecnologia do Sebrae-RN, João Bosco Freire, que aproveitou para apresentar o Programa Centelha, edital de seleção de empresas e ideias inovadoras que oferece recursos de até R$ 53 mil. “É um edital que está sendo aplicado em todo o Brasil e visa formar 20 mil empreendedores em todo o país, além de criar mais de 500 startups no território nacional”, comentou ele.