Inseridas nos segmentos de tecnologias para agronegócio, meio ambiente e Bioinformática, duas startups vinculadas ao Parque Tecnológico Metrópole Digital (Metrópole Parque), a Agrosoft 4.0 e a DNA GTx, participaram, na última terça-feira (19), de debates sobre a implantação do Plano de Intervenção Estratégico do Ecossistema Local de Inovação Agro (ELI Agro), de autoria do Sebrae RN.
A apresentação do documento aconteceu em evento com membros da cadeia produtiva do estado, como empresas, academia e instituições interessadas em otimizar o agronegócio potiguar. Na ocasião, as startups foram convidadas para contribuir em uma das discussões mais recentes sobre como a tecnologia pode, a partir de agora, inovar a produção do agronegócio no estado.
“Desde o começo, nosso intuito era passar a visão e os desafios que as startups encontram para desenvolver e ofertar tecnologias para melhorar a vida do agricultor potiguar. Para o evento, nossa intenção era firmar parcerias e apresentar nossa solução de monitoramento de ambiência para avicultura”, conta Allysson Mastrângelo, CEO da Agrosoft 4.0.
Além disso, a Agrosoft também está encarregada de desenvolver produtos mapeados como necessários para o fortalecimento do agro no estado – o qual tem demonstrado crescimento nos últimos anos.
Segundo levantamento divulgado pelo governo do estado no ano passado, a produção de melancias, por exemplo, cresceu 193% em quatro anos, enquanto que, no segmento de peixes, o crescimento foi de 116,5% e o maior índice foi o de lagosta, com crescimento de 948%.
ELI Agro
A proposta do ELI Agro é servir de hub do agronegócio potiguar, que nasce com o intuito de unir pequenos e grandes produtores para um fortalecimento desse mercado. A meta é promover um ecossistema inovador, que garanta mais competitividade tanto para o agronegócio de grande porte como para a agricultura familiar.
Para isso, a metodologia ELI inclui a área tecnológica, visto que se atenta, por exemplo, à promoção de cursos de mestrado e doutorado em áreas como Engenharia e Biotecnologia e ao fortalecimento da vocação produtiva em segmentos com perfil de inovação e Tecnologia da Informação (TI), como empresas de química e de materiais.
“Nossas expectativas é ajudar a promover não só o ecossistema do agro mas também o setor de tecnologia do estado, para que mais startups, ao saírem da UFRN, possam alcançar o mundo. Batemos forte na tecla que a universidade tem um grande potencial de atender às demandas locais de tecnologia, mas esse diferencial tem sido desperdiçado”, comenta Mastrângelo.
Para isso, as soluções desenvolvidas pelas empresas estão inseridas em um plano maior de desenvolvimento de programas de inovação, os quais incluem os Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs), como a Universidade Federal do Rio Grande do Norte, e possíveis projetos tecnológicos desenvolvidos na academia e incorporados ao mercado.
Além do Sebrae RN, outras instituições estão envolvidas no ELI Agro, como o Banco do Nordeste, Emgetec, Faern Senar, Anorc, SWSA, V&Vagro, entre outras.