O termo gamificação já se popularizou no setor de tecnologia, mas talvez o que você não saiba é que seu uso tem se difundido cada vez mais em variados setores do mercado, desde pequenas startups, até grandes corporações. E o seu emprego tem se diversificado tanto no que diz respeitos às marcas e seus clientes como no que toca aos colaboradores das empresas.


Mas como funciona mesmo?

Do inglês gamification, a gamificação é a utilização de técnicas de jogos, e pensamentos orientado para jogos, com o objetivo de engajar e tornar mais ricas experiências que não dizem respeito originalmente ao universo lúdico. Empresas por todo o mundo estão investindo na dinâmica, que tem o potencial de trazer tais técnicas para o mundo real ou digital, podendo ser utilizadas em diversas áreas, como a de marketing, vendas, recursos humanos, dentre outras.

De acordo com o gestor estratégico da startup Game Mind – vinculada à incubadora Inova Metrópole –, Charles Madeira, é comum ocorrer uma incompreensão acerca da gamificação, que não se concentra, destaca ele, apenas no simples uso de jogos em diversas situações. “A gamificação é uma abordagem para ajudar as pessoas a modificar o comportamento a partir de elementos contidos em jogos, com estratégias de colaboração, competição ou até de recompensas. A área de jogos digitais está crescendo, pois trabalha em cima das emoções, então o objetivo é criar uma experiência que as pessoas queiram continuar”, explica o gestor. Os elementos de jogos também servem para estimular comportamentos desejados em um determinado público, sendo inclusive incorporados em metodologias educacionais e no treinamento de recursos humanos. Na área comercial, um exemplo muito conhecido do uso da gamificação está no estímulo ao consumo por meio de programas de pontos em cartões de crédito.

 

Veja 4 casos do uso da gamificação por grandes empresas:

 

  • Microsoft Corporation

A gigante Microsoft Corporation encontrou uma maneira de motivar seus funcionários pelo mundo todo a procurarem erros de tradução de idiomas em seus diversos produtos: criou o jogo “Qualidade da Linguagem”. Nele, são visualizadas telas para a verificação da precisão do idioma. A empresa usou, em muitos casos, traduções intencionalmente destoantes, para prender a atenção dos usuários. Cerca de 4.500 pessoas se engajaram na tarefa e 500 mil telas foram revisadas por pessoas em seus idiomas nativos.

 

  • Starbucks

A Starbucks é uma das mais famosas cafeterias do mundo e, para continuar se destacando no mercado, utiliza a fidelização para atrair ainda mais seus clientes. Com o programa “My Starbucks Rewards”, os consumidores podem acumular estrelas e, a partir do registro no cartão fidelidade, trocar tais “pontos” por itens do cardápio. Confira abaixo o vídeo dessa campanha:

 

  • Nike

A Nike investe em mecanismos de atração do seu público para manter a conexão e motivá-los. Com campanhas, plataformas e aplicativos, a marca sempre consegue promover interação e interesse. Um exemplo é o aplicativo Nike Run Club – voltado para treinos, caminhadas e competições – em que os usuários conseguem acompanhar seu desempenho, além de disporem de outras funcionalidades. Ou seja, uma forma de manter contato com os usuários e fazer com que lembrem da marca com frequência

  • Motorola

A Motorola possui um programa interno no qual seus funcionários, ao optarem por fazer parte dele, recebem os produtos que ainda vão ser lançados pela empresa, com o objetivo de que sejam testados por usuários comuns. Com o objetivo de gerar maior engajamento dos colaboradores e uma comunicação mais fluida entre eles e a gestão da ação, a empresa transformou o “programa de testes”, por meio de uma ação marketing interno, em uma “organização secreta”, a DF/Squad. Nela, os funcionários podem se alistar como agentes secretos e contribuírem para manter a liderança da organização. Veja o teaser de lançamento do programa: