A Inova Metrópole, incubadora de empresas do Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN), participou, na última semana de maio, de uma missão técnica ao Vale do Silício, na Califórnia (EUA). Acompanhada das startups Blindog e Mix Internet, empresas ativas em seus programas de pré-incubação e incubação, a Incubadora imergiu em uma programação intensa e inspiradora, entrando em contato com algumas das maiores empresas de tecnologia do mundo.
Voltada para startups, incubadoras e empreendedores, a missão técnica ao Vale do Silício é realizada anualmente pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/RN) e tem por objetivo possibilitar aos empreendedores uma experiência de imersão em um dos maiores ambientes de inovação tecnológica do mundo, estimulando, dessa forma, o fomento do empreendedorismo no Brasil.
A gerente executiva da Inova Metrópole, Iris Pimenta, conta que o grupo do IMD visitou empresas importantes do cenário mundial, como a Pixar Studios, Amazon, Pay Pal, entre outras. Além disso, os participantes também conheceram a Universidade de Stanford, referência mundial em educação e produção tecnológica, bem como a Skydeck, aceleradora da Universidade de Berkeley.
Avaliação
Iris Pimenta também conta que a experiência de visitar a área foi, além de intensa, bastante enriquecedora, já que, a partir da observação dos sistemas de grandes empresas, é possível fazer uma autoavaliação e mensurar quais aspectos devem ser aprimorados ou adicionados à Inova Metrópole.
“Esta é a décima missão organizada pelo Sebrae e a primeira que fui. Posso dizer que foi de emocionar, porque, a cada visita, nós tivemos a oportunidade de aprender com o que as melhores empresas fazem. Eu nunca aprendi tanto quanto com o que vi. A sensação que tenho é que a gente já faz muito, mas que podemos fazer ainda mais, para nossos alunos, empresas, sociedade, Estado, ou seja, de que podemos continuar melhorarando”, avalia a gerente.
Ela ainda ressalta que um dos principais aspectos que pôde observar na visita foi o fato das grandes empresas canalizarem esforços, de maneira prioritária, na atenção para a gestão de seus negócios.
“A gente visitou várias empresas de tecnologia e algumas das coisas que mais impressionaram foram: primeiro, o nível elevado de formação e capacitação que aqueles profissionais têm. E, segundo, que, em todas as empresas que visitamos, a gente não discutia tecnologia. Quando uma empresa falava sobre futuro, sobre missão e temas afins, focava bastante na ideia de que a equipe estivesse alinhada aos valores da empresa, ou seja, há um foco muito forte nas pessoas que fazem a empresa”, avalia.
Contatos
Íris explica que a visita ao Vale do Silício também representa uma oportunidade para estabelecer contatos e, no caso das startups que a acompanharam, de pensar na projeção internacional.
“Em cada empresa, nós fomos recebidos por um anfitrião, que é um brasileiro que trabalha no Vale do Silício. Esse contato foi muito bom para conhecer a realidade de lá, do ponto de vista de um brasileiro, e também de fazer conexões, para assim pensar nas possibilidades que as empresas daqui possam ter lá”, destaca a professora.
Ela conta que, dentre as observações que fez no que tange às universidades visitadas, esteve a forma como as questões relacionadas a empreendedorismo e inovação são trabalhadas ainda nos primeiros meses de graduação.
“A missão foi muito boa para a Inova pelo conhecimento da Skydeck. Percebemos que possuímos muitas semelhanças com essa incubadora, como, por exemplo, a forma como os processos acontecem lá, a maneira como a incubadora apoia os empreendimentos, entre outras coisas. Porém, apesar disso, percebo também pontos que devemos melhorar aqui dentro, e eu voltei de lá com uma nova forma de ver como a gente pode elevar a Universidade para um status de universidade empreendedora do ponto de vista da formação”, defende ela.